O namoro na infância é um tema que vem preocupando pais, educadores e profissionais da área da saúde. Cada vez mais cedo, crianças e pré-adolescentes têm demonstrado interesse por relacionamentos amorosos, muitas vezes influenciados pelas redes sociais e pelo comportamento de adultos. No entanto, especialistas alertam que esse tipo de relação pode trazer sérios riscos ao desenvolvimento emocional e psicológico das crianças.

Segundo orientadores e conselheiros tutelares, a infância é uma fase de descobertas, brincadeiras e formação da personalidade — e não deve ser antecipada por experiências que exigem maturidade emocional. “A criança ainda está em processo de construção de sua identidade. O namoro precoce pode gerar confusões sobre afeto, autoestima e limites”, explica um profissional da área.

Entre os riscos apontados estão a sexualização precoce, a exposição a conteúdos inapropriados, a vulnerabilidade emocional e o aumento de casos de gravidez na adolescência. Além disso, o envolvimento em relacionamentos amorosos muito cedo pode prejudicar o rendimento escolar e comprometer as relações familiares.

O Conselho Tutelar reforça que é papel dos pais e responsáveis acompanhar o comportamento dos filhos, estabelecer diálogo aberto sobre sentimentos e orientar sobre limites adequados para cada faixa etária. “Mais do que proibir, é importante conversar, ouvir e orientar. A infância precisa ser respeitada”, destaca o órgão.

Promover uma infância saudável e protegida significa garantir que meninos e meninas possam viver plenamente cada etapa da vida, sem pressões externas e com o apoio necessário para crescer de forma equilibrada e segura.