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Mato Grosso divulga balanço oficial da colheita de algodão da safra 2024/25

Mato Grosso concluiu a colheita da safra 2024/25 de algodão e reafirma sua posição de destaque no cenário nacional da cotonicultura. Segundo dados oficiais, o estado segue como principal produtor da fibra no Brasil, com participação superior a 70% da produção nacional.

Principais números e destaques

  • A produção total alcançou 6,92 milhões de toneladas de algodão em caroço e pluma, representando um crescimento de cerca de 8,3% em relação ao ciclo anterior.
  • Em pluma (álcool puro da fibra), foram produzidas aproximadamente 2,87 milhões de toneladas.
  • A área plantada subiu de 1,41 milhão de hectares para 1,46 milhão de hectares, um acréscimo de cerca de 3,3%.
  • A colheita foi integralmente concluída — 100% da área plantada foi colhida até o fim de setembro, de acordo com levantamento do IMEA e portais especializados.
  • Um dado recente aponta que, até 19 de setembro, a colheita já havia alcançado 99,90% da área estimada.

Desafios & contexto de mercado

Apesar do avanço expressivo, o cenário não foi isento de obstáculos. Os preços da pluma recuaram: em média, foi comercializada a R$ 113,63 por arroba, refletindo queda de 10,10% em relação ao mesmo período de 2024.

Além disso, o mercado externo também exerceu pressão. Por exemplo, o contrato de algodão para outubro/2025 na Bolsa de Nova York fechou em ¢ US$ 64,12/lp, uma retração de 12,44% em comparação ao mesmo mês do ano anterior

Essa combinação de maior oferta nacional — com Mato Grosso respondendo por 71% da colheita brasileira — somada a preços mais baixos e custos de produção elevados, torna o momento mais delicado para os cotonicultores.

O que vem pela frente

Com esse ciclo finalizado, já se vislumbra o planejamento para a safra 2025/26. Alguns analistas e produtores esperam reduções na área plantada, dada a pressão nos custos e os preços de equilíbrio projetados.

Ainda assim, o desempenho da safra confirma a força da cotonicultura mato-grossense: produtividade elevada, investimento em tecnologia e eficiência operacional sustentam o protagonismo do estado no cenário nacional do algodão.

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